Chegamos, nesta viagem pelas Calhandras de Ouro da Califórnia da Canção Nativa, ao ano de 1975, entre os dias 11 e 14 de dezembro ocorre a quinta edição do festival uruguaianense. O caminho percorrido até aquele momento proporcionou o surgimento de uma diversidade criativa que acabou por deflagrar a discussão (que parece perdurar, principalmente nos meios identificados com o tema) sobre qual seria a "verdadeira" canção regional gaúcha (será que é possível recortá-la com tamanha precisão?). Entre "vanguardas” e "conservadorismos", muitos panos renderem a confecção de intermináveis mangas. Mas, concretamente, com a intenção (no meu entendimento mais didático-pedagógica do que estética), para amainar os efeitos das acaloradas discussões, foram criadas a partir dessa edição as famosas "Linhas da Califórnia": Campeira, Manifestação Rio-grandense e Projeção Folclórica (esta mais tarde rebatizada como Manifestação Livre). Uma ação que visava dar espaço à grande diversidade criativa que o próprio evento havia originado.
Pampianas
Vinícius Brum: Roda Canto
O colunista escreve mensalmente no Segundo Caderno