No domingo, recebemos, meus irmãos e eu, a notícia de que uma das duas placas de bronze do túmulo do pai no cemitério do Centro Israelita tinha sido roubada. Embora para nós seja algo precioso, a placa surrupiada, que era a maiorzinha e que ficava na cabeceira do túmulo, não devia ter grande valor de mercado: trazia, em iídiche e em português, o nome do pai, as datas e locais de nascimento e morte e a fotografia em louça do nosso querido – que foi, talvez por piedade, abandonada sobre o túmulo, junto à outra placa, a menorzinha, que restou intocada sobre a lápide de granito preto.
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