A Fresno se encontra naquele confortável patamar de quem não precisa provar mais nada a ninguém. Nos últimos 15 anos, foi peça fundamental na reconfiguração do rock no Brasil no século 21, viu seu vocalista Lucas Silveira se transformar em compositor e produtor requisitado e, acima de tudo, estabeleceu uma base de fãs que os segue incondicionalmente. Mesmo assim (ou até por isso), permanece pouco na zona de conforto – como mostra o ambicioso A sinfonia de tudo que há.
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Lançado há pouco, o disco foi notícia primeiro por ter participação de Caetano Veloso. O guru reveza os vocais com Lucas na terceira faixa, Hoje sou trovão. O líder da Fresno conta que Caê aceitou o convite depois de saber que A sinfonia... não era apenas uma coleção de músicas, mas um álbum de fato, que em suas 11 composições narra uma espécie de jornada do herói com base na física quântica.
– As músicas retratam uma sequência de acontecimentos que se sucederam na vida de um cara normal, que caiu de paraquedas numa missão impossível – explica Lucas, via e-mail. – Criamos todo esse universo porque existe uma postulação comum na física quântica que diz que podemos descrever toda a matéria como onda. Uma vez que inclusive nós mesmos somos pequenas vibrações e perturbações nesse universo praticamente infinito, temos em nós um pouco do todo.
Música
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Gustavo Brigatti
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