Um urro. E um martelo de madeira, do tamanho de uma melancia, é arremessado por um sujeito de saiote, com o corpo pintado e sem camisa. O instrumento gira no ar e se espatifa no chão. A multidão ao redor comemora, brindando com chifres cheios de bebida. Ao lado, outra turba vibra por guerreiros que brandem machados e espadas uns contra os outros. Perto dali, arqueiros fincam setas em alvos coloridos.
Três garotos, vestindo longas capas e pesados cinturões de couro, apontam para a arena e comentam:
– O rei está realmente triste pela morte do filho, mas mesmo assim fez essa festa toda. Tá bonito.
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O episódio narrado acima não saiu de um livro de histórias escandinavas do passado: trata-se do Viking Festival, evento promovido pelo coletivo Epic! Festivals, que pelo terceiro ano celebra a cultura medieval em Charqueadas, na Região Carbonífera. E, a exemplo das edições anteriores, o festim não acorre por mera obra do destino – ou quase isso. Durante todo este sábado, clãs de diversas partes do norte do mundo se reuniram para celebrar a entrada de Jorikison Hakkar, filho do conquistador viking Joriki Hakkar, no Valhalla (lugar para onde vão aqueles que são mortos em combate, segundo a mitologia nórdica).
Evento
Festival celebra a cultura e a mitologia viking em Charqueadas
Viking Festival reuniu entusiastas da cultura escandinava com comidas, bebidas, esportes e danças
Gustavo Brigatti
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