Atriz que interpretou Kate em "Lost" fala sobre o fim da série

Eles estavam mortos o tempo todo? Essa é a pergunta que os fãs de Lost mais se fizeram desde que a série terminou, em 2010. Mas o que realmente aconteceu não é importante, pelo menos segundo a opinião de Evangeline Lilly, atriz que interpretou Kate na produção que fez história na TV mundial.

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– Nossa série passou seis anos deixando vocês com perguntas. No final, as pessoas estavam esperando para saber qual era "a" resposta. De alguma forma, era como se fossem os fiéis de uma igreja encarando o padre e esperando pela resposta. Mas nossa série não queria se tornar uma religião e dar uma resposta a vocês. Ela queria que vocês ficassem se perguntando "o que isso significou para mim" e encontrassem suas próprias respostas. Isso me deixou muito orgulhosa – disse durante um painel, no último sábado, na Comic Con Experience, em São Paulo.

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Evangeline confessou que não botou fé na série na primeira vez que teve contato com a trama:

– Era esse seriado em uma floresta, e estávamos presos em uma ilha deserta. Eu pensei: "este é o material mais estúpido para o qual já fiz audições". E foi, provavelmente, o pior teste da minha vida. Isso foi em janeiro de 2004.

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Em março, ela já estava no Havaí gravando com o restante da equipe. A atriz contou como foram difíceis os primeiros momentos de produção, quando sentia muita falta de sua terra natal, o Canadá, e de sua família.

– Foi muito difícil me adaptar. Era meu primeiro papel com falas, nunca tinha feito nada para TV ou cinema. Era tanta pressão, eu me atrasava todos os dias para as gravações, estava sempre perdida. E é muito embaraçoso quando uma equipe inteira de 500 pessoas está esperando por você para começar. Foi muito estressante. Ao final da primeira temporada, estava em Nova York para promover a série. No hotel, em uma banheira, falando com meus pais ao telefone, dizia: "Eu só quero voltar para casa". E, claro, meus pais, em estilo bem canadense, disseram "F****-se aqueles caras. Venha para casa que nós te fazemos uma canja de galinha" – diverte-se.

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Evangeline falou também sobre outros papéis de sua carreira, como a elfa Tauriel nos filmes de O Hobbit. Fã da obra de J. R. R. Tolkien, a atriz admitiu que ficou tensa quando soube que sua personagem não estava nos livros:

– Pensei: "Os fãs vão me linchar!"

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Quanto a sua participação em Homem-Formiga, ela contou que quase não aceitou o convite por não conhecer o universo da Marvel. O que a convenceu a dar uma chance foi saber que o herói seria interpretado pelo autor Paul Rudd, uma escolha que, a ela, pareceu intrigante. Além de falar sobre sua carreira, Evangeline autografou seu livro infantil, Molambolengos.

*A editora viajou a convite da Netflix