Depois de cinco anos sem um álbum de inéditas e de meses de apreensão com o estado de saúde do vocalista Bruce Dickinson, que no início do ano anunciou estar se tratando de um câncer na língua, o Iron Maiden põe fim à ansiedade dos fãs. Chega às lojas físicas e virtuais nesta sexta-feira The Book of Souls, 16º trabalho de estúdio da icônica banda britânica de heavy metal. São 11 faixas distribuídas em 1h33min de duração - em CD, o formato é duplo.
Responsável por ajudar a remodelar as estruturas do heavy metal e popularizar o gênero na década de 1980, somando mais de 85 milhões de álbuns vendidos, o Iron Maiden construiu uma base tão fiel quanto radical de fãs. Para aqueles que preferem a fase inicial da banda, quando o grupo chegava a flertar com o punk rock, The Book of Souls pode soar pretensioso e cansativo. Afinal, apenas uma composição tem menos de cinco minutos. Já os que apreciam a produção da banda a partir dos anos 2000, quando os britânicos passaram a apostar em faixas mais longas, com clara influência do rock progressivo, podem achar o novo trabalho bem mais interessante.
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The Book of Souls soa mais consistente que os dois últimos discos do Maiden - The Final Frontier (2010) e A Matter of Life and Death (2006) -, com arranjos melhor estruturados e músicas menores distribuídas entre as mais extensas. Prova disso é Speed of Light, faixa que poderia estar perfeitamente nos primeiros álbuns da banda. Também se sobressaem as rápidas e diretas When the River Runs Deep, que traz uma empolgante sequência de riffs, e Death or Glory, com um refrão que convida a cantar junto. Por falar em cantar, a voz de Dickinson está intacta - as gravações se encerraram antes de o vocalista descobrir o tumor.
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