Via de regra, jogadores muito fortes costumam desequilibrar uma competição. Mas pode acontecer de, às vezes, sua presença incentivar os adversários a melhorarem as próprias performances. Essa forma um tanto torta de reorganizar o tabuleiro poderá ser conferida agora no universo do eSport com a entrada de um poderoso player: a Blizzard.
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Um dos nichos que mais cresce no mercado de entretenimento eletrônico do mundo - com uma receita que deverá atingir US$ 465 milhões ao ano até 2017 -, o eSport é hoje monopolizado por duas grandes franquias: Dota 2, da Valve, e League of Legends, da Riot.
Ambos são jogos do tipo Multiplayer Online Battle Arena (Moba), criados especialmente para se brincar conectado com mais pessoas, e também são responsáveis pelos números mais impressionantes do meio.
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Enquanto Dota 2 chama a atenção pelas cifras (seu último campeonato mundial distribuiu US$ 10 milhões em prêmio), LoL é sinônimo de popularidade (cerca de 32 milhões de pessoas assistiram a uma das finais da sua disputa intercontinental). Quer dizer: sobrava muito pouco para os concorrentes - até a chegada, na semana passada, de Heroes of the Storm, o Moba da Blizzard.
As vantagens da nova competidora são óbvias. Diferentemente de Dota 2 e LoL, que precisaram conquistar os jogadores com personagens inéditos criados do zero, Heroes... chega oferecendo heróis e vilões de universos consagrados, como Warcraft, StarCraft e Diablo.
A Blizzard também sai no lucro pelo know-how adquirido com a imensa base de jogadores amealhada na última década com seu World of Warcraft, maior Massive Multiplayer Online (MMO) do mundo.
Tem mais: sem perder tempo, a Blizzard já deu início aos seus campeonatos de Heroes of the Storm pelo mundo. A Copa América, reunindo times da América Latina, começa nesta sexta, com transmissão ao vivo pelo site oficial da publisher e pelo seu canal oficial no Twitch. A grande final será em novembro, na California, durante a Blizzcon, conferência anual da Blizzard.
Da mesma forma que nas competições esportivas tradicionais, a presença de um jogador tão poderoso quanto a Blizzard deverá mexer de maneira significativa com o cenário do eSport. De repente, pode até incentivar outros interessados em derrubar o domínio da Valve e da Riot. Se isso ocorrer, ganhamos todos.
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