A história do bailarino iraniano Afshin Ghaffarian foi amplamente difundida em 2009, pouco depois da reeleição do presidente daquele país, Mahmoud Ahmadinejad. Integrado aos protestos que reivindicavam a anulação do pleito, dados os indícios de fraude - abordados, entre outros filmes, no recente 118 Dias (2014), com Gael García Bernal -, Ghaffarian foi detido e jurado de morte por agentes da repressão de Ahmadinejad. Ele já havia escolhido o caminho da luz em meio ao obscurantismo: o exercício da dança é proibido no país, que também prende artistas e os impede de se expressar - o caso do cineasta Jafar Panahi, de O Círculo (2000) e O Balão Branco (1995), e que em fevereiro venceu o Festival de Berlim com Taxi (2015), é o exemplo mais conhecido dessa política opressora.
Dança contra a opressão
Filme inglês narra história real de bailarino perseguido no Irã
"O Dançarino do Deserto" é uma produção britânica com elenco internacional que estreia nesta quinta nos cinemas
Daniel Feix
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