Nova novela da Globo mostrará corrupção e relações homoafetivas

Babilônia, a nova novela das nove, que estreia na RBS TV nesta segunda, tem esse nome não pelo morro da Babilônia, um dos seus cenários, mas por conta da profecia bíblica sobre mistura de povos, decadência e opulência.

Três características que a trama de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga vai retratar. 

- A novela se passa no Leme, lugar com todas as classes. Os pobres, no morro, os ricos na Avenida Atlântica, e a classe média nas ruas de dentro - explica Gilberto.

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O folhetim fará crítica social e política. Temas já trabalhados pelo autor na sua chamada trilogia sobre a corrupção (leia mais abaixo): Vale Tudo (1988), O Dono do Mundo (1991) e Pátria Minha (1994).

Cercada de expectativa pelo trio de protagonistas femininos, Gloria Pires, Adriana Esteves e Camila Pitanga, a novela promete polemizar com temas contemporâneos. Cassio Gabus Mendes e Marcos Palmeira viverão duas pontas da corrupção brasileira. O primeiro será Evandro Rangel, um dono de construtora desonesto.

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O segundo viverá Aderbal Pimenta, o recém-eleito prefeito da fictícia Jatobá, que leva uma vida dupla: simples e modesta na cidade que comanda e luxuosa na Barra da Tijuca. 

- É complexo viver um político agora. Mas fico feliz por estar retratando o perfil da maioria do nosso Congresso, que é corrupto - disse Palmeira à revista Época.

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O casal formado por Estela (Nathalia Timberg) e Teresa (Fernanda Montenegro) promete ser um dos destaques. Além da relação duradoura, as duas têm um filho de criação, Rafael (Chay Suede), e vão enfrentar os problemas pelos quais todo par homoafetivo passa, como preconceito.

A ascensão social ambicionada pelas protagonistas também será mostrada pela gaúcha Sheron Menezzes, que viverá a talentosa advogada Paula, moradora da favela e bem-sucedida profissionalmente.

Crítica social de Gilberto Braga

Vale Tudo (1988)
Por meio da disputa entre uma mãe honesta, vivida por Regina Duarte, e sua filha mau-caráter, interpretada por Gloria Pires, Gilberto Braga abordou a questão da integridade ética no Brasil.

O Dono do Mundo (1991)
Na trama, o autor tratou da questão da dignidade e da cidadania, com a história do inescrupuloso cirurgião- plástico Felipe Barreto, vivido por Antônio Fagundes.

Pátria Minha (1994)
O enredo abordava questões éticas e morais através do confronto entre Alice (Cláudia Abreu), uma estudante idealista, e Raul Pelegrini (Tarcísio Meira), dono de um conglomerado comprometido com negócios ilegais.