O Rio Grande do Sul teve grandes poetas gauchescos. Só para lembrar cinco de reconhecimento definitivo: Aureliano de Figueiredo Pinto, João da Cunha Vargas, Jayme Caetano Braun, Apparício Silva Rillo e Luiz Menezes. Vivíssimo e ativíssimo aos 57 anos, o itaquiense João Sampaio integra essa estirpe. Com uma poderosa obra registrada em livros e discos a partir de 1980 (quando saíram o primeiro livro, Canto ao Cavalo Crioulo, e as primeiras músicas da parceria com Noel Guarany no LP Alma Garra e Melodia), ele é o mais prolífico poeta e letrista do universo nativista. São cerca de mil letras em discos de variados parceiros e intérpretes e 20 livros em português, espanhol e guarani, lançados aqui e na Argentina. No caso raro de João Sampaio, a quantidade é lindeira da qualidade. Faz versos como quem respira.
Coluna
Juarez Fonseca: "João Sampaio canta opinando"
O colunista escreve quinzenalmente no 2º Caderno