Grandes franquias em teste
A geração que agora respira por aparelhos ajudou a consolidar os blockbusters. Franquias como Call of Duty, Assassins Creed, Far Cry, The Witcher e Batman dominaram o mercado de jogos AAA (os populares títulos de altíssimo orçamento, vocês sabem) nos últimos 10 anos, mas perderam consideravelmente sua força - e credibilidade - nessa virada de sistema. Alguns por apresentar problemas demais, outros por sucessivos adiamentos, prova de que suas desenvolvedoras não estavam assim tão confiantes em seus tacos.
Em 2015, quem não fizer direitinho a lição de casa corre o risco de ser reprovado - ou, na melhor das situações, pegar recuperação para recomeçar do zero. Isso também vale para quem ainda tem alguma dignidade preservada, como Uncharted, Tomb Raider e Mortal Kombat. É esperar para ver.
Indies para ficar de olho
Duas apostas para este ano que pretendo acompanhar de perto: Mighty No. 9 e No Mans Sky. O primeiro promete trazer de volta a magia dos joguinhos de plataforma em 2D, ser o Mega Man da nova geração, divertido, colorido, brilhante e desafiador. Seu criador, Keiji Inafune, garantiu que o game está quase pronto e não passa de 2015. O segundo é uma joia exclusiva para o PlayStation 4 que está sendo lapidada bem devagar para entregar tudo o que a gente quer: um mundo aberto vivo e mutante, 100% explorável e situado no limiar da ficção científica com a fantasia. Segundo os produtores, o jogo é tão grande que será preciso 5 bilhões de anos reais para explorar cada um um dos planetas disponíveis na jogatina. Ok...
Três AAA para ficar de olho
Finalmente os games exclusivos começam a dar as caras com força no PlayStation. Dois dos mais aguardados deste ano são só para o console da Sony: Bloodborne e The Order: 1886. O terceiro, Evolve, será lançado também para o XBox da Microsoft. Bonito e assustador, Bloodborne traz a grife da FromSoftware, conhecida pela cultuada série Dark Souls, e é mais do que um hack n slash, exigindo miolos e coração forte do jogador. Testei uma demo na Brasil Game Show e foi de arrepiar. The Order: 1886 já figura no meu coração por ser um shooter em terceira pessoa com possibilidade de modo cooperativo, ou seja, vou finalmente voltar a jogar campanhas em story mode com os meus amigos - Gears of War feelings! Sem contar que o visual e as bugigangas steam punk são de encher os olhos. Já Evolve entra pela diversão e diversidade: não é todo dia que você encarna um monstro gigante e sai pisoteando humanos armados até os dentes. Pelos gameplays liberados, não vai sobrar botão inteiro no joystick.
Promessas, promessas...
Dois títulos em produção que atiçaram a curiosidade de todo mundo em 2014 e podem (ou não) dar as caras em 2015. O primeiro é Silent Hills, cujo trailer interativo, P.T., quase levou a óbito quem se arriscou a experimentá-lo. Dirigido por Hideo Kojima em parceria com Guillermo del Toro, o jogo será estrelado pelo ator Norman Reedus, o Daryl de The Walking Dead. O outro é The Division, que pode ser considerado o The Last of Us da Ubisoft - ou seja, um survival menos tenso e mais anabolizado, que está apostando alto na reconstrução detalhada de um mundo aberto pós-apocalíptico. Tomara que cheguem neste ano.
Jogatina Tech
Gustavo Brigatti: as apostas de 2015
Em um ano cheio de promessas e expectativas, algumas produções que vêm por aí merecem a atenção do jogador - nem que seja para confirmar a decepção...
Gustavo Brigatti
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