Algumas palavras vivem em constante ameaça de extinção. Esvaziadas dos gestos que nomeavam, são como fantasmas da língua, descarnadas aparições à espera do degredo no país dos dicionários. Em um tempo em que todos podem tudo, em que a vitória pessoal é sempre autogerada (e exagerada), e em que toda ação caridosa visa o interesse (publicável e capitalizável nas redes sociais), este par de palavras do título acima, inseparável unidade de causa e efeito, míngua e se corrompe, chega mesmo a soar anacrônico.
GZH faz parte do The Trust Project