A fila cresce nos arredores do Pepsi On Stage. Os fãs se aglomeram para assistir ao show de Bob Dylan na noite desta terça-feira, na terceira apresentação do bardo em Porto Alegre.
Os estilos no local são múltiplos. Um dos mais curiosos talvez seja o carpinteiro aposentado Che D'anico - de mais de 60 anos - como disse, morador do País de Gales e que já foi a mais de 400 shows do bardo. E ele não segue na maratona sozinho. Tem a companhia da esposa - que, alías, foi quem o fez se mudar ao País de Gales, já que é natural da Califórnia.
- São cerca de 50 shows de Dylan por ano - diz.
Che D'anico
Foto: Jean Schwarz/Agência RBS
Entre os primeiros da fila, está o casal Pedro Bertoletti, 25 anos, e a namorada Nancy Garcez, 22. Ele, dj e publicitário, está lá para ouvir Hurricane, apesar de acreditar que Dylan não vai tocar essa, - porque ele não costuma tocar nessa turnê - diz.
A namorada Nancy, estudante de moda, acompanhou Pedro em uma ronda ontem à noite para ver como estava a fila.
- Olhamos a situação, fomos para casa e dormimos um pouco e voltamos para a fila às 7h da manhã - afirmaram. A intenção dos dois é ficar bem defronte ao palco.
Já as amigas Joana Frischknecht, 21, e Bruna Togni, 18, ambas estudantes de Novo Hamburgo, acreditam que ver Bob Dylan é uma oportunidade única.
- Sei que não vamos ver o Dylan de antigamente, o que gostaríamos muito, mas só ver ele já é uma grande coisa - diz Joana.
- Acho que nesse caso vale mais o contexto do que a música em si, mas claro que amúsica também é muito importante - afirma Bruna.
O show tem previsão de início para às 21h.