Faleceu nesta segunda-feira, aos 88 anos, o artista catalão Antoni Tàpies. A informação foi confirmada pela família e pela prefeitura de Barcelona. Tàpies foi um autodidata que gestou uma obra de importância internacional, exposta em vários museus ao redor do mundo.
Tàpies, que era estudante de Direito antes de se dedicar à arte como ofício, começou a expor sua obra na década de 1940. Suas peças iniciais dialogavam com o legado do Surrealismo, partindo, depois, para o Informalismo, utilizando areia, cera, serragem, restos de roupa e partes de móveis e pó de mármore para compor suas criações. Sua obra está relacionada, ainda, ao Tachismo e ao Expressionismo Abstrato, estilos europeus de pintura abstrata caracterizados por pinceladas espontâneas e vigorosas, manchas, pingos e escorridos.
Seus trabalhos de destaque incluem Branco com Manchas Vermelhas (1954) Matéria em Forma de Axila (1968), A Escadaria (1974), Verniz com Formas Negras (1982), Olhos Fechados (1985) e Grande Díptico de Terra (1987).
Em 2010, recebeu do Rei Juan Carlos o título hereditário de Marquês de Tàpies. Recebeu ainda a medalha de ouro da Generalitat (governo autônomo catalão) em 1983, dois anos depois de ter sido contemplado com o Prêmio da Fundação Wolf das artes.
No currículo, tinha ainda o Prêmio Príncipe de Astúrias das Artes (1990), a Medalha Picasso da Unesco (1993) e o Prêmio Velázquez de Artes Plásticas (2003).
Arte longa, vida breve
Morre em Barcelona o artista catalão Antoni Tàpies
Pintor catalão, nome fundamental da arte do século 20, faleceu aos 88 anos
GZH faz parte do The Trust Project