Reunindo a Orquestra Sphaera Mundi e a Cia. Municipal de Dança, O Rapto de Perséfone estreia neste fim de semana. O espetáculo será apresentado neste sábado (3) e no domingo (4) no Theatro São Pedro, em Porto Alegre.
Subirão ao palco 12 músicos da orquestra; o solista Leonardo Bock; os bailarinos Marina Sachet (Perséfone), Léo Maia (Plutão), Paula Finn, Isadora Franco (ninfas), Léo Silva e Pedro Coelho (criaturas do submundo), da Cia. Municipal de Dança; e, por fim, o ator Tom Peres, que interpreta Hermes e trará ao palco as poesias de Marcelo Silveira.
A direção cênica é de Carlota Albuquerque, com a coreografia elaborada por Airton Tomazzoni e Maurício Miranda. Já direção musical é de Emmanuele Baldini.
O Rapto de Perséfone é descrito como um espetáculo musical, mas que oferece uma imersão sensorial vivenciada por meio de audição, visão, olfato e intuição por meio da integração da música com poesia, teatro e dança. A montagem contará ainda com aromas, luz e imagens projetadas.
Escrito em 2019 e inspirado na escultura de Lorenzo Bernini, o espetáculo se baseia em um episódio da mitologia ocidental que ajuda a compreender as leis que regem os ciclos da natureza, ou o mito do Renascimento, conforme o maestro Márcio Cecconello. Ele, que estreia como roteirista e diretor artístico em O Rapto de Perséfone, ressalta que buscou uma integração equilibrada, como uma obra de arte sensorialmente mais ampla do que os formatos tradicionais.
A mitologia de Perséfone é entrelaçada com As Quatro Estações, de Vivaldi, na versão recriada pelo pianista e compositor alemão (naturalizado inglês) Max Richter. Intitulado Recomposed by Max Richter — Vivaldi The Four Seasons, esse projeto de reinvenção foi lançado em 2012.
De acordo com Cecconello, O Rapto de Perséfone pode ser visto como um concerto em que bailarinos ilustram elementos musicais que dialogam com elementos cenográficos e sensitivos — visão, audição e olfato. Sobre a parceria da orquestra com a Cia. Municipal de Dança, o maestro observa que houve uma junção de profissionais renomados e qualificados para promover essa união de várias disciplinas.
— É um espetáculo que trabalha com música, cenografia, com figurinos, projeções de imagens. Por isso que ele é multissensorial, pois haverá também alguns elementos aromáticos que quero deixar como surpresa — explica Cecconello. — Tem todos os elementos concatenados e unificados numa única narrativa que é o conto de Perséfone.
O Rapto de Perséfone
- Neste sábado (3), às 20h, e domingo (4), às 18h, no Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº, Centro Histórico), em Porto Alegre
- Ingressos: a partir de R$ 30 pelo site do Theatro São Pedro
- Duração: 60 minutos. Classificação: livre