Alan Amorin Dias sentia-se sem rumo em 2016. Fazia aulas de cavaquinho havia dois anos no projeto Sol Maior, em Porto Alegre, que lhe dava a oportunidade de aprender um instrumento popular e passar a semana envolvido em atividades artísticas. Mas também enfrentava dificuldades financeiras na casa que divide com a mãe diarista no bairro Partenon. Aos 17 anos, recorreu a atos que hoje, com 20, chama de “coisas erradas”.
Foi uma centelha que o salvou: além do apoio de professores e colegas na ONG que ensina música a jovens das periferias, Alan tinha vontade de brilhar na apresentação de fim de ano, que reconhece os alunos com melhor desempenho e comportamento. Conseguiu o que pretendia. Com a honraria, foi selecionado para ser monitor nas aulas de instrumento e passou a ser pago por isso. No ano seguinte, aproveitou a oportunidade e decidiu se afastar daquela vida que ninguém na Sol Maior conhecia.
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