Nesta segunda-feira (8), Porto Alegre viu seu índice de ocupação geral das unidades de terapia intensiva (UTIs) chegar a 110%, o maior desde o início da pandemia, em março de 2020. O número é reflexo do cenário crítico que o sistema de saúde da cidade enfrenta, uma vez que a operação acima dos 100% de ocupação é sinônimo de atendimentos improvisados que podem resultar em em maior letalidade para quem precisar ser hospitalizado. A oferta atual de leitos operacionais de UTI na Capital é de 967, mas o total de pacientes graves internados era de 1.057 nesta segunda, sendo que 743 tinham diagnóstico positivo para covid-19.
O painel de monitoramento mantido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostrava, por volta das 15h30min, que 13 dos 18 hospitais monitorados pelo órgão operavam com no mínimo 100% da sua capacidade. As três instituições com maiores índices de lotação eram Moinhos de Vento (145,4%), São Lucas da PUCRS (133,9%) e Independência (120%). O Hospital Porto Alegre e o Beneficência Portuguesa ainda não haviam fornecido dados atualizados.
Na semana entre 1º de março e esta segunda, as internações de pacientes com coronavírus nas UTIs da Capital cresceram 45,7%. Há 185 doentes graves com covid-19 recebendo atendimento em emergências, enquanto aguardam na fila por uma vaga de cuidados intensivos. Também estão à espera 42 pacientes acometidos por outras doenças, número que era de 18 enfermos no último sábado (6).