O Estudo de Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19 no Rio Grande do Sul (Epicovid19), que estima o número de casos de coronavírus na população gaúcha, terá nova etapa a partir desta sexta-feira(5). Esta fase será realizada ao longo do final de semana em nove cidades gaúchas e se encerra na segunda-feira (8). A pesquisa é liderada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e encomendada pelo governo do Estado.
Nesta etapa, além dos testes rápidos e entrevistas, haverá a inclusão de um novo exame de anticorpos para a covid-19 desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O novo teste, batizado de S-UFRJ, tem eficácia de cerca de 92% para identificar anticorpos do coronavírus após cinco meses da infecção.
Apesar da novidade, o funcionamento da pesquisa segue o mesmo: entrevistadores visitam as casas de 4,5 mil famílias em nove cidades gaúchas, para convidar os moradores a realizar os testes e responder a um questionário sobre ocorrência de sintomas e acesso a serviços de saúde.
— Neste momento, precisamos das melhores evidências para estimar o número de pessoas que já tiveram coronavírus na população gaúcha. Essa informação permite monitorar o avanço da pandemia no Estado e fornecer subsídio para políticas públicas e medidas de isolamento social — comenta o coordenador do Epicovid19, Pedro Hallal.
Os municípios serão os mesmos das fases anteriores: Pelotas, Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Ijuí, Santa Cruz do Sul e Uruguaiana. Na última fase realizada no Estado, a pesquisa mostrou que um a cada 72 moradores tiveram contato com o vírus.
O estudo em andamento terá ainda mais uma etapa em abril, em data a ser definida pela coordenação da Epicovid19. A extensão das pesquisas foi possível após a entrada de recursos do programa Todos pela Saúde, que reúne entidades e empresas privadas.
Além da UFPel, participam do projeto outras 12 universidade públicas e privadas em todo o Estado: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos); Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc); Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Universidade Federal do Pampa (Unipampa/Uruguaiana); Universidade de Caxias do Sul (UCS); IMED e Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS/Passo Fundo), Universidade de Passo Fundo (UPF) e Universidade La Salle (Unilasalle).
*Colaborou Daniel Giussani