- O governo do RS anunciou, nesta sexta-feira (31), mudanças no sistema de distanciamento controlado
- Mapa preliminar coloca doze regiões em bandeira vermelha e as demais em laranja. Capão da Canoa muda de bandeira vermelha para laranja
- Pelotas, Bagé, Lajeado, Santo Ângelo e Santa Rosa mudam de laranja para vermelha
- Elas se somam a Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Caxias do Sul, Passo Fundo e Palmeira das Missões, que já estavam com alerta de risco.
O novo giro do sistema de distanciamento controlado, nesta sexta-feira (31), apontou mapa preliminar no Rio Grande do Sul com 12 das 20 regiões em bandeira vermelha, de risco alto e maiores travas para o fluxo das pessoas e da economia. No somatório, 340 municípios estão inseridos nas zonas avermelhadas. Na faixa laranja, de grau médio e menos restrições à circulação, ficaram oito zonas.
Permaneceram na etiqueta vermelha as regiões de Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Caxias do Sul, Passo Fundo e Palmeira das Missões. Outras cinco tiveram piora dos indicadores, passando da laranja para a rubra: Santo Ângelo, Santa Rosa, Pelotas, Bagé e Lajeado.
O cenário é ligeiramente melhor se comparado com o mapa preliminar das últimas duas semanas, quando, nos dias 24 e 17 de julho, 14 e 18 regiões ficaram avermelhadas na classificação.
Agora, é aberto prazo para que regiões e municípios possam recorrer ao governo estadual, apontando argumentos que justifiquem eventual avanço para a bandeira laranja, menos grave. O Palácio Piratini anunciará na segunda-feira (3) o mapa definitivo, o qual terá validade a partir do dia seguinte.
Coordenadora do Comitê de Dados, Leany Lemos disse que 170 municípios que estão em regiões de bandeira vermelha são passíveis de adotar os protocolos da laranja, menos restritivos. Isso é possível quando uma cidade, nos últimos 14 dias anteriores ao anúncio, não registra óbitos e hospitalizações dos seus habitantes.
Nas últimas duas semanas, após analisar os recursos e reconsiderar posições em favor de até 10 zonas, o Rio Grande do Sul teve oito das 20 regiões mantidas na faixa vermelha no mapa definitivo.
Mudanças no sistema
O anúncio da nova rodada de bandeiras foi feito em transmissão ao vivo pela internet por Leany. Na manifestação, ela anunciou novas mudanças no modelo de distanciamento controlado. Uma delas diz respeito ao local de moradia do paciente e a macrorregião em que ele foi internado em hospital, como já havia sido anunciado em GaúchaZH. O paciente será contabilizado, no indicador de hospitalização, para a localidade em que reside, mesmo que ele esteja internado em outro município. Isso poderá aliviar as avaliações de risco sobre as cidades que são referência de atendimento e que recebem doentes de municípios menores.
Diretor de Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS), Bruno Naundorf participou da live junto com Leany e afirmou que a contabilização do enfermo para a cidade de origem não causará distorções nem irá mascarar eventuais superlotações de UTIs em polos referenciais de atendimento. Isso está descartado, segundo ele, porque o trânsito de pacientes continuará ocorrendo dentro das macrorregiões de saúde.
Outras mudanças anunciadas se referem a alterações nos indicadores de velocidade e pontos de corte, dados utilizados na definição da cor das bandeiras de cada região.