O governador Eduardo Leite apresentou, em live realizada na tarde desta quinta-feira (30), os resultados de uma consulta feita com entidades educacionais sobre a retomada do ensino presencial no Rio Grande do Sul. A pesquisa teve participação de 924 entidades como conselhos, secretarias e sindicatos, sendo que 759 foram validadas, após conferência dos dados.
A pesquisa teve dois momentos. Em um deles, as entidades poderiam apontar, livremente, quais segmentos da educação deveriam iniciar presencialmente antes. As respostas foram na direção de um recomeço com o Ensino Superior, seguido pelos ensinos Médio e Técnico, anos finais do Ensino Fundamental, anos iniciais do Ensino Fundamental e, por último, a Educação Infantil.
Em um outro recorte, o governo apresentou cenários fechados para que as entidades indicassem suas preferências — entre as quatro opções, nenhuma mostrava o Ensino Superior como a primeira a iniciar as atividades. A preferência, nesta etapa, foi pela opção de retorno, em primeiro lugar, dos ensinos Médio e Técnico, seguidos por Anos Finais, Anos Iniciais, Ensino Superior e Educação Infantil. Como regra geral, os participantes entendem que o retorno deve ser gradativo, em apenas um turno de forma a possibilitar adequação de escolas, famílias e educadores.
— É importante buscar no horizonte a retomada do ensino presencial. A consulta vai nos ajudar a pensar como vai se dar esse retorno. É muito relevante, mas não é necessariamente a decisão que tomaremos sobre o tema — ponderou Leite.
O governador não estipulou datas para o retorno, mas projetou que, conforme a pandemia do coronavírus entre em trajetória de queda, o assunto deverá ser reavaliado.
Ao lançar a consulta pública (1.520 entidades receberam um formulário eletrônico para responder), o governador alertou para a complexidade de definir os melhores protocolos para a retomada da rotina em sala de aula. A educação movimenta, no Rio Grande do Sul, mais de 2,5 milhões de pessoas, desde a pré-escola à pós-graduação. Esse contingente representa ao redor de 20% da sociedade gaúcha.