A prática regular de exercícios físicos está entre uma das principais recomendações para manter a saúde em dia e prevenir doenças. Mas em época de coronavírus, ser ativo pode impactar nos efeitos da covid-19 no organismo?
Partindo dessa questão, um grupo de pesquisadores recruta pessoas que já tiveram a doença para participar do levantamento EXTRA SARS-CoV-2 Study, que tem como objetivo investigar a relação de uma vida ativa com uma possível proteção em caso de contaminação pelo vírus.
— Já sabemos que a atividade e o exercício físico melhoram a resposta do sistema de defesa, então, nossa hipótese é de que pessoas fisicamente ativas vão evoluir melhor com a doença — explica a professora de Educação Física Juliana Beust de Lima, que participa do estudo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A ideia é comparar número e tempo de hospitalizações entre o grupo ativo e o sedentário, bem como a manifestação de sintomas nestes pacientes.
Liderado pelo professor Marcelo Rodrigues dos Santos, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Incor/ FMUSP), o estudo também conta com a participação de Juliana, Douglas dos Santos Soares e Luciano Santos Pinto Guimarães (UFRGS), Francis Ribeiro de Souza e Carlos Eduardo Negrão (Incor/ Hospital das Clínicas da FMUSP), Daisy Motta-Santos (Universidade Federal de Minas Gerais), e Gustavo Gonçalves Cardozo (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Quem pode participar e como
A participação no estudo é feita por um questionário online. Podem responder pessoas de todas as idades e sexos que tiveram a confirmação de coronavírus por PCR ou exame de sangue, independentemente do nível de atividade física (ativo, atleta ou sedentário). É preciso já estar recuperado.