A prefeitura de Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, revogou comunicado que liberava a abertura de igrejas para cultos durante o domingo de Páscoa. A medida havia sido tomada quinta-feira (9). O executivo municipal voltou atrás no final da tarde de sexta-feira (10) para evitar ato contrário à decisão federal.
A prefeita Mari Machado (PSB) havia determinado, em comunicado oficial, que as igrejas poderiam funcionar. As restrições também haviam sido anunciadas, como reuniões em pequenos grupos — evitando aglomerações e filas — com uma distância considerável entre as pessoas para evitar contaminação pelo coronavírus. Além disso, teriam de ser tomados cuidados com a higiene e integrantes de grupo risco não poderiam participar. A medida foi discutida entre autoridades locais, principalmente a Procuradoria do município, Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal.
Após vários contatos, Mari Machado emitiu na sexta-feira novo comunicado para evitar uma medida contrária à decisão judicial. A Justiça Federal, em Brasília, mandou excluir os eventos religiosos presenciais, como cultos e missas, do rol de atividades essenciais no dia 2 deste mês. A decisão ocorreu após decreto da Presidência da República, que tentou liberar atos religiosos mediante lobby de líderes de igrejas. No novo comunicado em Santana do Livramento, o executivo municipal informou que estava revogando pequenas atividades presenciais e excepcionais durante o domingo. Pediu compreensão dos fiéis e recomendou que as pessoas fiquem em casa durante a pandemia.