Dezenas de pessoas foram até as janelas dos apartamentos onde moram para prestar apoio aos profissionais da saúde que atuam no tratamento de pacientes e contenção da pandemia de coronavírus.
Por volta das 20h desta sexta-feira (20), foram ouvidos aplausos em diversos bairros de Porto Alegre. Os sinos da Igreja das Dores, no Centro, acompanharam a manifestação, assim como a Igreja Sagrada Família, no Menino Deus. A Catedral Metropolitana fez o mesmo meia hora depois, na segunda onda de demonstração de apoio.
Na região da Praça da Matriz, no Centro, motoristas de carros fizeram parte do momento acionando suas buzinas. O sino da Catedral badalou junto com os aplausos que vinham das janelas e sacadas. O som do apoio e agradecimento aos profissionais de saúde foi aos poucos sendo substituído pelo da água alcançando o chão. Uma pancada de chuva começou e se intensificou por toda cidade.
Moradores dos bairros Menino Deus, Cidade Baixa, Santana, Azenha, Centro Histórico, Floresta, Teresópolis, Bela Vista, Petrópolis, Jardim Botânico, Passo d'Areia, Nonoai, Jardim Itu Sabará, Sarandi e Praia de Belas prestaram a homenagem.
No Brasil, cidades de São Paulo e Rio de Janeiro também registraram aplausos. O movimento foi organizado desde a quarta-feira, quando o perfil Aplausos na Janela divulgou imagens convocando para a ação através das redes sociais. A campanha foi adotada pelo Grupo RBS em suas redes sociais.
Pelo mundo
Outros países já haviam feito a manifestação. As janelas e sacadas de apartamentos em Buenos Aires, capital da Argentina, se encheram de pessoas para aplaudir os profissionais da saúde e demais trabalhadores que atuam contra a pandemia, na noite de quinta-feira, dia que o país entrou em quarentena. Em Portugal, França, Bélgica e na Itália, nação com o maior número de mortos pela covid-19, o ato se repete em várias cidades desde o último dia 14.
Na Espanha as palmas também foram ouvidas na última semana, com um motivo especial na quinta. A população dedicou o aplauso à uma enfermeira de 52 anos morta na quarta-feira, 19, após seis dias internada no hospital que trabalhava. Ela foi a primeira profissional da saúde vítima da doença no país.