Em Treze Tílias, no oeste catarinense, há uma fábrica de cerveja. E outra de vinho. Existem também duas fábricas de chocolate. E uma de sorvete. E, claro, também está lá a famosa fábrica de leite, Tirol. Juntas, elas tornam a pequena Treze Tílias quase autossustentável: muito do que a cidade consome e oferece aos turistas sai de lá mesmo. A maioria das fábricas está aberta à visitação.
Há uma única coisa que não vem de Treze Tílias e, mesmo assim, faz muito sucesso por lá: a edelweiss. Dizem que, depois de colhida, a flor típica da Áustria e dos gelados alpes europeus dura mais de cem anos. Lenda? Os nativos juram que não. Neta do fundador da cidade, a escultora Mariana Thaler, 59 anos, guarda até hoje uma edelweiss que a mãe recebeu de presente do pai em 1933, na Áustria, assim que ele partiu para o Brasil com a família.
- A lenda funcionou. Quatro anos depois, ela veio atrás dele para se casar. A flor ainda existe, intacta, há quase 80 anos. Agora é uma relíquia de família. A edelweiss é também o principal símbolo de Treze Tílias. Ninguém sai de lá sem levar uma: a flor é vendida à exaustão pelas lojinhas locais, in natura, em colares, bijuterias e broches.
Mas Treze Tílias tem mais. É também a cidade das coleções. Tem os mais de 5,2 mil canecos de chope de Leonardo Boesing, à mostra no seu restaurante, o Bier Haus. E tem também os 3.755 mil chaveiros, as 850 canetas e as 141 garrafinhas em miniatura de Valter Felder, expostas no Parque Lindendorf.
Aliás, Treze Tílias também é a cidade dos parques. O Lindendorf é um dos mais visitados. Lá existe outra Treze Tílias, em miniatura. A minicidade, feita pelo próprio Valter, traz réplicas de 48 construções originais.
Além disso tudo, o local oferece comida, música e dança bem típicas da Áustria, além de trilhas e um lago com carpas alaranjadas. Outro parque é o dos Sonhos, onde há um labirinto verde e onde está a fábrica de sorvetes. Há ainda o Parque do Imigrante, com capela, via sacra e lago com pedalinho.
Treze Tílias também é a cidade das esculturas: são 21 profissionais que transformam toras de madeira em objetos de decoração ou de arte sacra. Os ateliês, espalhados por tudo, merecem visita.
