Com um trevo de três folhas no bolso e um chapéu verde na cabeça, me infiltrei no dia temático da celebração de Saint Patricks - ou São Patrício, no Brasil - em Nova York. Fora da Irlanda, a festa é anunciada como a mais antiga, maior e melhor festa para brindar ao padroeiro da região celta. Americanos, imigrantes e cidadãos de múltiplas nacionalidades tomam a ilha de Manhattan no dia em que a cor da saúde e da esperança predomina.
Sem sofisticação, a parada é rústica, organizada pela comunidade católica local, mas prestigiada por autoridades como o prefeito Michael Bloomberg. No dia 17 de março, a cada ano, o festejo se estende ao longo de 40 quadras da 5ª Avenida, tangenciando o Central Park.
Como o evento é disputado, quem se interessa em assistir e aplaudir a passagem da banda militar com harpas e gaitas de fole, deve se programar. A 5ª Avenida e as ruas transversais são fechadas quando atingem o limite de visitantes por metro quadrado de calçada. O isolamento não inibe os festeiros fantasiados de leprechaun - figura do folclore irlandês -, camisetas "kiss me, i am irish" - me beije, sou irlandês -, perucas, tiaras e chapéus verdes.
Sempre em bando, comemorando cada beijo conquistado, os jovens acompanham o trajeto da romaria pelas ruas adjacentes. Eles se espalham por pontos turísticos, Rockfeller Center, Times Square, Central Park.
A celebração não termina quando a parada acaba. Como o consumo de bebida é proibido nas ruas, os brindes são feitos nos pubs irlandeses espalhados por Manhattan. Os bares oferecem promoções de cerveja, mas não espere bom atendimento neste dia. Quem não conhece os mais de 80 tipos de cerveja dificilmente vai encontrar um garçom com tempo para explicar.Para os beberrões, depois de um ou dois "pints" de cerveja (copo de 568 ml), a teoria pouco importa.
Festa típica
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Celebração é anunciada como a mais antiga, maior e melhor festa para brindar ao padroeiro da região celta
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