O litoral catarinense está com 36,5% dos pontos monitorados com água imprópria para banho. O resultado está no novo relatório de balneabilidade do Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Santa Catarina, divulgado nesta sexta-feira (3).
Dos 238 pontos analisados, 87 foram classificados como inaptos para o lazer (veja a tabela completa no fim da reportagem) e 151 receberam a definição de próprio.
Os dados são relativos ao período entre 26 de dezembro e quinta-feira (2).
A diferença representa um acréscimo de 19 locais impróprios na comparação com o último levantamento, divulgado uma semana antes. Naquele momento, eram 68 os pontos impróprios para banho.
Dos 87 balneários de Florianópolis, 31 (35,6%) foram classificados como impróprios e 56 receberam a sinalização de próprios.
A capital catarinense piorou na comparação com a semana anterior, quando 25 locais não estavam aptos para o lazer e 62 receberam classificação positiva.
Dez municípios tiveram pontos que passaram de classificação própria para imprópria: Balneário Arroio do Silva (2), Balneário Camboriú (2), Balneário Rincão (5), Florianópolis (9), Governador Celso Ramos (2), Itapema (2), Itapoá (1), Navegantes (1), Porto Belo (1) e São Francisco do Sul (3).
Sete municípios tiveram pontos que passaram de classificação própria para imprópria: Bombinhas (1), Florianópolis (3), Joinville (1), Navegantes (1), Palhoça (1) Penha (1) e Porto Belo (1).
Em nove municípios a água está própria para o lazer dos banhistas em todos os pontos analisados: Araranguá (1), Balneário Piçarras (2), Biguaçú (1), Garopaba (5), Imbituba (8), Jaguaruna (3), Joinville (1), Laguna (7) e Paulo Lopes (1).
Entenda como funciona
Para ser considerada adequada para banho, a água precisa atender a parâmetros específicos de concentração de bactérias, como a Escherichia coli. As amostras de água são coletadas semanalmente, entre outubro e março.
O material passa por análise por meio do método Número Mais Provável (NMP), que utiliza fluorogênico e outras substâncias para identificar as impurezas presentes na água.
Orientações
O IMA recomenda que os banhistas evitem entrar na água entre 24 horas e 48 horas após a "ocorrência de chuva de maior intensidade". O alerta é válido para todos os pontos, inclusive onde o relatório apontou boas condições de banho.
Conforme o instituto, a chuva auxilia na movimentação de materiais contaminados que podem "deteriorar a qualidade da água".