O pedreiro Nei Santos, de 43 anos, é usuário diário das ciclovias de Torres. Morador da cidade, ele usa para ir e voltar do trabalho. Quando conversou com GZH, estava à procura de serviço. Na opinião dele, a malha cicloviária no município é insuficiente. É um defensor do uso da bicicleta e acredita que a prefeitura deveria construir mais estruturas ligando outros bairros e não apenas áreas turísticas.
– É pouca ciclovia. Não é a beira-mar que move a cidade. É a cidade que move a beira-mar. Poderiam aumentar o número de ciclovias. O deslocamento dentro da cidade não tem ciclovia. Só na beira-mar – disse Santos, numa referência ao trecho que estava usando, entre a Prainha e a Praia Grande.
Já o aposentado Jairo Souza, de 70 anos, tem outra opinião. Para ele, a malha atual é suficiente e está em boas condições. Acompanhado do neto Victor Lorenzo, de 9 anos, na sua pedalada matinal, considera a estrutura da beira-mar “muito boa, organizada e sinalizada”.
– Não precisa melhorar. Eu uso aqui todos os dias para fazer exercício. Venho do bairro Dunas até o final da ciclovia e volto. Como tenho problema nos joelhos, uso a bicicleta para me exercitar – relata o aposentado.
A conclusão de um trecho de 880m que falta para interligar a ciclovia da Avenida Beira-
Mar, entre o Parque da Guarita até a Praia dos Molhes, deve ocorrer até maio. As obras ocorrem entre as ruas Leonardo Truda e Tiradentes.
– Vai sair um estacionamento oblíquo de carros que tem ali. Estamos construindo calçadão, a ciclovia, instalando iluminação pública e tudo com acessibilidade – descreve o secretário do Planejamento de Torres, Matheus Junges.
GZH percorreu a ciclovia da Avenida Beira- Mar. O pavimento está em boas condições, faltando, no entanto, melhor sinalização horizontal. Num dos trechos, próximo a quiosques, havia um tonel de lixo num dos sentidos da ciclovia, atrapalhando quem passava. Uma funcionária da prefeitura fazia a varrição no momento em que a reportagem esteve no local.
Conforme o secretário Junges, a pintura das ciclovias ocorre de maneira frequente, e esse trecho receberá em seguida mais uma camada de tinta.
A ciclovia do entorno da Lagoa do Violão foi recentemente repintada, assim como o trecho da Avenida Castelo Branco, entre a Estrada do Mar e o Parque do Balonismo. Nesta mesma ciclovia, no entanto, ainda falta repintar o trecho entre a Avenida do Riacho e a Rua Cabo Braga.
Recentemente a prefeitura lançou o projeto para construção da Orla Gastronômica do Mampituba. A intenção é reformular o trecho junto ao rio, uma área de 19 mil m², entre as avenidas Beira-Mar e Cristóvão Colombo. Neste trecho de 1,1 km haverá uma ciclovia.
Cronograma de obras
- Lagoa do violão – 2,2 km - recentemente refeita pintura
- Parque da Guarita – 1,4 km – cronograma de manutenção da ciclovia em até 60 dias
- Parque da Guarita até os Molhes – 3,5 km (incluindo 880 metros que estão sendo executados com prazo de finalização até julho de 2022) – cronograma de refazer pintura em 60 dias
- Avenida Castelo Branco (trecho entre a Estrada do Mar e Av. Universitária) – 1,4 km - recentemente refeita pintura
- Avenida Castelo Branco (trecho entre Av. do Balonismo e Av. do Riacho) – 550 metros – cronograma de refazer pintura em 60 dias
- Orla Gastronômica Mampituba – 1,1 km – obras devem iniciar em abril de 2022
Resumo cicloviário de Torres:
- Total de ciclovias já existentes – 8,2 km
- Total com a conclusão do calçadão – 9,1 km
- Total com obra da Orla Gastronômica Mampituba – 10,2 km