O tradicional Dicionário Oxford elegeu "emergência climática" (climate emergency) como a palavra do ano de 2019. O termo, conforme a publicação, teve um aumento de cem vezes na quantidade de usos recentemente, saindo de uma "relativa obscuridade para se tornar um dos termos mais proeminentes — e mais debatidos — de 2019".
Nesse dicionário, "emergência climática" é definida como "uma situação em que ação urgente é necessária para reduzir ou interromper as mudanças climáticas e evitar danos ambientais potencialmente irreversíveis resultantes disso". Também neste mês, o Dicionário Collins, rival do Oxford, escolheu "greve climática" (climate strike) como a palavra do ano pelos mesmos motivos.
O Dicionário Oxford elege, anualmente, a palavra que atraiu um grande interesse naquele período. As candidatas são debatidas por um júri. O termo vencedor, segundo a instituição, é escolhido com base no "potencial duradouro" e na "significância cultural".
Nos últimos anos, termos ligados à cultura digital têm dominado a "premiação" simbólica da instituição, que afirma ser a primeira instituição ligada à educação de línguas a criar essa tradição anual.
Histórico recente
- Em 2018, o dicionário Oxford elegeu como palavra do ano um termo não muito animador: "tóxico", palavra que "é julgada como um reflexo do ethos, do humor ou das preocupações do ano que está chegando ao fim, e ela tem um potencial duradouro como termo de significado cultural"
- Em 2017, a palavra do ano foi "youthquake", que significa, em tradução livre, algo como "terremoto jovem", em alusão ao poder da geração millennial.
- Em 2016, foi a vez da palavra "pós-verdade".
- Em 2015, a palavra do ano foi um emoji.
- Em 2014, o termo selecionado foi "vape", uma abreviação do substantivo "vapor" ou do verbo "vaporizar", usado entre fumantes que adotaram o "cigarro eletrônico".
- Já em 2013, a palavra que ficou com o troféu foi "selfie".
- Em 2012, a palavra vencedora foi "GIF".