Criador da raça de cachorro "labradoodle", uma mistura de labrador com poodle, Wally Conron, 90 anos, disse em entrevista à ABC que se arrepende de ter cruzado as duas raças em 1989, dando início à tendência.
— Abri uma caixa de Pandora e soltei um monstro de Frankenstein — disse ele.
Seu "grande arrependimento" se dá pelo fato de que sua invenção abriu caminho para que "pessoas antiéticas e cruéis" criassem os cães sem pensar na saúde deles. Ele afirma que a maior parte dos cachorros da raça é "louca ou tem um problema hereditário".
Ele acredita que as pessoas foram longe demais com o cruzamento, que pode aumentar o risco de um cão apresentar doenças congênitas, principalmente nas gerações seguintes.
O motivo da criação
Segundo o criador dos "labradoodles", ele resolveu fazer a cruza para fornecer um cão-guia a uma mulher cega do Havaí, que era casada com um homem alérgico a cães. Dos filhotes da ninhada, um não provocou alergia no marido da mulher, o que fez com que eles ficassem com o cão.
Como ninguém queria os dois filhotes restantes, Conron pediu ao departamento de relações públicas do local em que trabalhava para espalhar a mensagem sobre a nova raça. Depois disso, o "labradoodle" rapidamente se tornou popular na Austrália e em outros lugares.
Agora, as criações de novas raças são comuns, mas também são criticadas e têm consequências. Os "labradoodles", por exemplo, podem desenvolver problemas de saúde comuns aos labradores retrievers e aos poodles, como displasia da anca e doenças oculares.