"A minha geração se ferrou", diz Dado Schneider a uma plateia predominantemente jovem, em uma das tantas campus parties de que já participou. "Quando eu era criança, no século 20, o melhor bife na mesa ficava com os adultos. E agora que sou adulto, no século 21, e tenho filhos pequenos, o melhor bife fica com as crianças. Ou seja, eu nunca comi o melhor bife. O mundo mudou bem na minha vez. Quando eu era jovem, tive de me adaptar aos velhos. Agora, para ser um velho aceitável, eu tenho de me adaptar aos jovens." Nesses jovens aos quais tenta se adaptar, Schneider, 56 anos, mestre e doutor em comunicação pela PUCRS, enxerga seres humanos de um novo tipo. Eles são a geração Z, a primeira a nascer em um mundo já dominado pela internet, na virada dos anos 2000, com todas as vantagens e desvantagens que isso acarreta. Para adaptar-se a eles, é preciso entendê-los, e esse tem sido o foco das pesquisas do professor e palestrante nos últimos anos. Confira a entrevista e, a seguir, dados de uma pesquisa reveladora sobre as personalidades dessa geração:
Reportagem especial
Geração 2000: professor detecta mudanças radicais nos últimos anos
Adolescentes hoje, as pessoas nascidas no ano 2000 constituem uma geração mais diversificada e que rompeu radicalmente com paradigmas estabelecidos anteriormente
Itamar Melo
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