Todo ano, a lista de leituras obrigatórias da UFRGS passa por um ajuste em que são suprimidas quatro obras e agregadas outras quatro, em um movimento que deixa entrever algumas das preocupações da universidade enquanto instituição no ensino de Literatura. As quatro inclusões deste ano, por exemplo, trazem dois exemplares consagrados da mais recente prosa em língua portuguesa, A Máquina de Fazer Espanhóis, de Valter Hugo Mãe e Diário da Queda, de Michel Laub. Dois romances que, a seu modo, falam da confusão de identidade contemporânea, da história como uma cadeia de fardos distribuídos de geração a geração. No livro de Mãe, um português envelhecido recolhido a um asilo reflete sobre um Portugal mergulhado no turbilhão da globalização. Já Diário da Queda reflete sobre os ecos contemporâneos da tragédia de Auschwitz, na história de um narrador que é neto de um sobrevivente do horror nazista.
Literatura
Carlos André Moreira: o significado da inclusão de novas leituras na lista do vestibular da UFRGS
Entre os livros indicados, estão dois exemplares consagrados da mais recente prosa em língua portuguesa
Carlos André Moreira
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