A descriminalização do aborto é um tema indigesto, social e politicamente. Nas últimas eleições presidenciais, o assunto foi ignorado pelos candidatos que estavam no topo das pesquisas. Coube ao concorrente com menos de 1% das intenções de voto, Eduardo Jorge (PV), trazer à tona o tema tabu em um dos debates de TV. Mas ele tinha menos a perder com seu posicionamentos do que Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT) ou Marina Silva (PSB) - que, por convicções religiosas ou por receio de desagradar o eleitorado conservador, preferiram se calar.
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No Legislativo, a coisa é diferente. Recentemente, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que uma proposta de mudança na legislação do aborto "só irá a votação por cima do meu cadáver".
O ventre é livre?
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