Luís Alberto Cibils, economista, advogado, procurador do Estado e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), morreu na quinta-feira, aos 99 anos, de causas naturais, em Porto Alegre. O sepultamento ocorreu no final da tarde desta sexta-feira (1º), no Cemitério São Miguel e Almas, na Capital.
Nascido em 4 de julho de 1919, em Tapes, filho dos uruguaios Atahualpa Cibils e Aurea Maria Diev, Cibils mudou-se aos 11 anos para Porto Alegre, onde finalizou os estudos no Colégio Rosário. Aos 18, ingressou no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre (CPOR). Mais tarde, entrou para a reserva como tenente.
Na década de 1940, formou-se em Ciências Econômicas na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), onde lecionou a cadeira de Valor e Formação de Preços. Na mesma época, graduou-se em Direito pela UFRGS, sendo convidado para ser professor na Faculdade de Filosofia da instituição, onde atuou por mais de 40 anos, e diretor interino. Foi também chefe do Departamento de Sociologia e fundador do curso de Recursos Humanos.
Paralelo à universidade, Cibils também dedicou-se à advocacia cível, principalmente na Capital e Região Metropolitana. Entre os anos de 1960 e 1970, foi procurador do Estado.
— Sempre foi uma pessoa extrovertida, inteligente e muito comunicativa — lembra a filha Marília Beatriz Cibils Becker.
Como historiador, destacou-se ao escrever diversas obras sobre o tema. Em 1959, o advogado lançou o livro Tapes, Camaquã, Guaíba e Barra do Ribeiro, uma compilação de dados históricos, políticos e geográficos da região. A produção abriu as portas para que Cibils fosse um dos principais pesquisadores da área, sendo presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e também membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Era membro efetivo da Academia Rio-Grandense de Letras.
O advogado deixa os filhos, Marília e Luiz Alberto, e três netos.