O presidente da organização Miss Estados Unidos, Sam Haskell, renunciou neste sábado (23), após mensagens misóginas vazarem e dezenas de misses pedirem sua saída do cargo.
Várias ex-rainhas do concurso reagiram, assim, ao vazamento de e-mails, nos quais ele usa uma linguagem degradante e de caráter sexual ao se refir a algumas das candidatas.
"Esta tarde, a diretoria da organização Miss Estados Unidos aceitou a renúncia do CEO (...) Sam Haskell com efeito imediato", indicou seu substituto interino, Dan Meyers.
Na última quinta-feira, o "Huffington Post" revelou que Haskell enviou vários e-mails, nos quais se refere, com linguagem vulgar, a ex-candidatas. Ele ainda falava de maneira jocosa sobre o aumento de peso e a vida de sexual de uma delas.
Haskell foi suspenso neste sábado e abriu-se uma "investigação a fundo sobre as supostas comunicações inadequadas e a forma como foram obtidas".
A junta diretora também aceitou a renúncia da presidente do Conselho de Administração, Lynn Weidner, que ainda permanecerá no cargo por três meses para "facilitar uma transição tranquila".
Depois dessa matéria, pelo menos 49 ex-Misses Estados Unidos pediram, em uma carta enviada à organização, a demissão imediata de Haskell, garantindo estarem"profundamente chocadas e entristecidas" com o conteúdo das mensagens.
Também solicitaram a saída do número dois da organização, Josh Randle, e de outros dois diretores acusados pelo "Huffington Post" de terem participado das conversas com Haskell, ou de tê-lo protegido.
"Como Miss Estados Unidos, rejeitamos fortemente as desqualificações, tanto coletivas quanto individuais", acrescentou, em um comunicado.
Na sexta, pelo Twitter, Haskell chamou as revelações de "desonestas" e de "enganosas", embora tenha reconhecido que cometeu um "erro".
* AFP