Manter o ritmo de crescimento, o lançamento de novos produtos, o aumento da nacionalização de componentes e ampliação da rede estão entre os desafios da Caoa Chery em 2021. O ousado projeto crescer, também inclui a chegada da nova marca premium Exeede e seus carros de luxo.
A Caoa Chery investirá R$ 1,5 bilhão na fábrica de Anápolis (GO) para ampliação da capacidade de produção, criação de um centro tecnológico e de desenvolvimento, lançamentos de novos veículos e nacionalização de componentes. A montadora também prevê 10 lançamento no mercado brasileiro nos próximos cinco anos.
O Tiggo 2 reestilizado e os primeiros carros híbridos movimentarão a marca em 2021.
Sem revelar a data, foi confirmado o Tiggo 2 que, além da renovação visual deverá ter novo conjunto propulsor, possivelmente um motor 1.0 turbo combinado com câmbio automático tipo continuo variável que simula nove velocidades.
O Tiggo 8 terá motor flex.
A atualização da linha atual, a chegada de novos modelos inclusive carros híbridos foram confirmados pelo principal executivo da Caoa Chery, Marcio Alfonso. Também serão incorporadas novas tecnologias a gama de produtos. Até 2025, montadora terá 10 lançamentos. a linha será aumentada e atualizada. A atual rede de 115 concessionários será aumentada para 150.
O centro tecnológico será instalado na fábrica de Jacareí (SP) e facilitará o desenvolvimento da tropicalização de veículos e da adequação de respostas adequadas às características do consumidor brasileiro. Atualmente, as adequações de engenharia são realizadas na China.
A nacionalização de componentes será decisiva para o crescimento da Caoa Chery. Permitirá reduzir a dependência de produtos importados, o que dará maior competitividade aos veículos montados em Anápolis e Jacareí. O principal executivo da Caoa Chery, Marcio Alfonso, lembrou que a nacionalização diminuirá os efeitos da variação do dólar. A meta da montadora é chegar a média 40% de nacionalização dos seus veículos nos próximos anos.
Expectativa 2021
A Caoa Chery promete superar em 2021 as ações deste ano em que teve sete lançamentos – quatro utilitários esportivos, dois sedãs e um carro elétrico. Das novidades, o sucesso do Tiggo 8, lançado em agosto, surpreendeu Alfonso. A previsão de venda do utilitário esportivo de sete lugares surpreendeu e o previsto para três meses foi vendido em 15 dias.
A Caoa Chery foi uma das montadoras em que a participação cresceu apesar da crise provocada pela pandemia do coronavirus.
Nos últimos três meses, estamos no ritmo que prevíamos no começo do ano, antes da pandemia
MARCIO ALFONSO
Principal executivo da Caoa Chery
Criada em 2017, saltou da participação de 0,17% para 1,05% neste ano e pretende chegar a 1,5% em 2021.
A queda de 23% na venda será menor do que a média da indústria brasileira que deverá ficar em torno de 35%. Para chegar a meta prevista, a marca terá que crescer 70%.
A Caoa Chery fechará 2020 com o mesmo volume do ano passado de 20, 2 mil unidades vendidas e deverá chegar a 34 mil em 2021. A empresa está na 11ª posição.
O balanço do ano e as projeções para 2021 foram feitas na nova loja conceito no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo.