Com PRISCILA NUNES / Especial
Uma boa surpresa, o comportamento do Kicks S é valorizado pela transmissão mecânica. O desempenho da opção de entrada do utilitário esportivo compacto é melhor em relação às versões com o mesmo propulsor de câmbio contínuo variável (CVT), normalmente mais lento nas respostas. Foi o que o S mostrou em quase 500 quilômetros rodados. A principal diferença ficou no interior. O Nissan Kicks S 16 V Flex custa a partir de R$ 73.990.
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A ampla grade robusta com aplique cromado acompanha a identidade visual da marca, os faróis alongados e a iluminação diurna em LEDs valorizam a frente. O S só não traz os faróis auxiliares de neblina e as rodas que são de aço, 16 polegadas com calotas, e não de liga leve.
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A jornalista Priscila Nunes, que mais conduziu o Kicks S, gostou do ajuste do conjunto propulsor. Os 116 cv e força (torque) de 15,5 kgfm motor de quatro cilindros 1.6 16V atenderam bem as necessidades do utilitário esportivo. A troca de marchas foi suave e os engates precisos.
- Na cidade o Kicks foi rápido. Como estou acostumada com câmbio manual, até pareceu meu hatch compacto. Nas lombas mais fortes, tive que trocar várias vezes de marcha Na estrada, foi reduzir a marcha para retomadas rápidas de velocidade e ultrapassagens seguras.
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O volante funcional com regulagem de altura e profundidade e a direção elétrica bem ajustada facilitaram a vida do condutor, destacou a jornalista. “Senti falta da ajuda da câmera de ré e dos sensores de estacionamento para entrar em vagas apertadas. Como rodei muito na cidade, também gostei da suspensão, que ignorou os buracos das ruas e as lombadas. Firme mas macia, na estrada não comprometeu a estabilidade em curvas mais acentuadas", disse a jornalista.
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Concordei com Priscila. Dirigi todas as versões do Kicks e gostei do S. O câmbio manual compensou as respostas mais lentas do CVT com condução mais ágil na estrada combinada com as respostas da direção elétrica progressiva e da suspensão bem ajustada como nas versões mais caras. Normal na cidade, o ruído interno aumentou nas velocidades elevadas. s 110 km/h. Mas ficou a impressão de um câmbio de seis marchas faria a diferença.
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Durante a avaliação, ficou a impressão de que um câmbio de seis marchas faria diferença, inclusive no consumo de combustível. Os resultados foram próximos aos da Nissan de 11,1 km/l na cidade e 13 km/l com gasolina. Nossas médias ficaram entre 9,7 km/l e 10,6 km/l na cidade, e de 11,6 km/l a 14,2 km/l na estrada em velocidades constantes 80 km/l e 110 km/l.
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Os 4,295 metros de comprimento, 1,760 m de largura, 1,590 m de altura e distância entre eixos de 2,610 m garantem ao Kicks bom espaço interno para cinco adultos, “ótimo para levar os amigos e até o cachorro em viagens. O porta-malas, com 432 litros, é bom para um SUV compacto”.
-Gostei do acabamento interno, apesar de mais simples, e mais plástico texturizado. A versão de entrada é básica, porem aparentemente parece completa. Os bancos, revestidos em tecido, são confortabeis e acomodaram bem, principalmente na estrada.
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O quadro de instrumentos com mostradores analógicos separados por tela digital foi de fácil visualização. As informações do computador de bordo foram consultadas pelas teclas do volante funcional.
Ar-condicionado, acionamento elétrico de portas, vidros e retrovisores, travamento automático em movimento, rádio com MP3, USB e Bluetooth, apoio de cabeça e cintos de segurança de três pontos para os três ocupantes do banco traseiro e o Isofix estão entre os equipamentos de série.
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Para uma versão de entrada, o S até traz bons itens de série. Os controles eletrônicos de tração e de estabilidade e partida em rampa são os opcionais.
- Embora não tenha usado, o rack sobre o teto é útil para levar pranchas de surf, bicicletas e pequenos objetos. O preço é acessível pelo que oferece. O Kicks S é um carro que certamente eu compraria.
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Conclusão: Como opção de entrada e diferença de preço significativa em relação as versões mais caras, o Nissan Kicks S 1.6 16 V tem visual muito próximo dos SL e SV . Claro, o acabamento interno é mais simples, sem central multimídia ou uso de couro. Com câmbio manual, o desempenho foi melhor em relação aos modelos com o CVT. Para completar, honesta relação custo/benefício.