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É impressionante a quantidade de gatos que circula no centro de treinamento da Seleção Brasileira. Além de serem vistos constantemente, podem ser ouvidos com miados característicos do ritual do acasalamento ou brigas violentas.
Jamais pensem, porém, em caçá-los ou tentar diminuir a população felina. O gato é animal abençoado na cultura islâmica. Segundo a lenda, os felinos eram os animais preferidos do Profeta Maomé que gostava de tê-los nos braços, acariciando-lhes o pêlo.
Este ato de carinho teria valido a eles o dom de caírem sempre de pé. Na tarde de domingo (20), a Sala de Imprensa do CT foi visitada por um gatinho que logo foi apelidado de "Hexa".
Apostem as fichas
O Brasil tem mistério na escalação, mesmo que Tite já tenha decidido quem vai a campo contra a Sérvia na próxima quinta-feira (24). Há, porém, uma aposta praticamente certa no ataque: Richarlison começa a partida e não perderá a posição, caso Vinicius Júnior venha a jogar. A presença de um atacante pelo centro passou a ser convicção do treinador desde os amistosos de setembro, na França, algo repetido em todos os treinamentos da última semana na Itália.
Visita
Não existe mais o chamado treinamento de conhecimento ou reconhecimento de gramado, feito pelos times nas vésperas de jogos da Copa do Mundo. Agora, a última atividade antes das partidas é realizada no Centro de Treinamento de cada país.
A Seleção Brasileira, porém, fará na manhã desta segunda-feira (21) uma visita ao Estádio Lusail, local de sua estreia. Lá estarão Tite e outros integrantes da comissão técnica juntamente com alguns jogadores. Eles verão as dependências internas e poderão ir ao campo para uma caminhada na qual conferirão a característica do piso.
A princípio, todas as especificações devem coincidir com a grama que vem sendo usada no Estádio Grand Hammad, local dos treinos da equipe.
Pensando no futuro
Há uma importância além da normal da Seleção Brasileira vencer seus dois primeiros jogos e encaminhar classificação antecipada para as oitavas de final. A comissão técnica vem repetindo desde o sorteio do Mundial que preocupa o fato do mata-mata do campeão do Grupo G ser no dia 5 de dezembro, três dias depois da última partida da fase de grupos contra Camarões.
Se for possível atuar classificada contra os camaroneses, a equipe do Brasil poderá administrar a escalação, retirando jogadores com algum desgaste excessivo ou fazendo experiências necessárias para a etapa de jogos eliminatórios do Mundial.
O número regenerado
Na última Copa América, quando houve a inscrição de 30 atletas, o Brasil não usou a camisa número 24. Embora sem uma explicação convincente de parte da CBF, o motivo verdadeiro foi o fato deste número ser associado ao jogo do bicho, no qual representa o veado.
Na época, houve manifestações e críticas em função do banimento ser uma forma de homofobia. Na Copa do Mundo não tem, e nem teria, como retirar algum número entre 1 e 26 nas seleções. Coube ao zagueiro Bremer ficar com a camiseta 24. Perguntado sobre o fato ou possíveis polêmicas, o jogador da Juventus simplesmente ignorou, botando ponto final a um tema absolutamente desagradável e desnecessário.
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Muvuca total
A assessoria de imprensa da CBF está assustada com o número de jornalistas cobrindo a Seleção Brasileira. O número esperado de 200 profissionais por dia foi superado amplamente neste domingo (20), e ficaram pequenas as dependências da mídia nas arquibancadas do Estádio Grand Hammad.
A utilização da chamada Zona Mista, com atletas falando diretamente para muitos repórteres, se mostrou ineficiente. O espaço dado aos jornalistas virou um caos pelo acúmulo de profissionais