O capitão brasileiro Thiago Silva em sua entrevista coletiva acabou confirmando o que muitos suspeitavam: Phillippe Coutinho seria convocado para a Copa se não estivesse machucado. O zagueiro citou em uma das respostas que “perdemos dois jogadores que estariam aqui”. Ele estava se referindo, além de Coutinho que teve lesão muscular na coxa direita, ao lateral-esquerdo Guilherme Arana, que já estava sem condições há mais tempo com um problema no joelho esquerdo. No dia da convocação o técnico Tite não disse se os dois estariam entre os chamados para o mundial.
Quem repete
O nível de renovação do time brasileiro em relação à última Copa pode ser notado na diferença de escalação em relação à equipe que enfrentou a mesma Sérvia na segunda rodada da Copa da Rússia, há quatro anos. Dos 11 que entram em campo nesta quinta-feira (24), apenas quatro eram titulares há quatro anos: Álisson, Thiago Silva, Casemiro e Neymar. Gabriel Jesus começou aquele jogo, mas agora é reserva.
Hora da resenha
Uma grande prova de que há tranquilidade por parte do técnico Tite foi a tradicional, mas nem sempre permitida resenha pós-entrevista coletiva. Longe dos microfones oficiais, o treinador e seu auxiliar Cléber Xavier ficaram atendendo a curiosidade de repórteres ou mesmo de fãs que se aproximaram para cumprimentos, questionamentos ou fotos. O comandante brasileiro, entre outras coisas, confirmou que Thiago Silva será o capitão da equipe não só na estreia. Já o assistente gesticulou mostrando alguns movimentos táticos entre outras manifestações totalmente informais. Tudo isso aconteceu em meio a sorrisos e sem a interferência de agentes da Fifa ou da assessoria de imprensa para retirar do salão os profissionais do Brasil.
A voz da Seleção chegou
Ele é parte integrante da Seleção Brasileira sem nunca ter sido convocado. Galvão Bueno está integrado ao mundo da Copa depois de um retardo na chegada ao Catar em função da covid-19. O narrador da TV Globo começa nesta quinta-feira (24) seu último mundial relatando jogos do Brasil, conforme já anunciou. Galvão era pequeno para tantos cumprimentos na plateia da entrevista coletiva de Tite e de Thiago Silva. Foram entrevistas, abraços e fotos com o jornalista que já garantiu que, passada a Copa, vai passar um período de um mês na campanha gaúcha, onde produz vinhos, azeite de oliva e curte seus cavalos crioulos.
Transporte nota oito
Ponto nevrálgico em muitos eventos esportivos, os ônibus oficiais que servem os credenciados da Copa do Mundo cometem lá seus pecados. É o caso de alguns motoristas que não conhecem bem os roteiros, mas, de um modo geral, há um bom nível no transporte do Mundial. É preciso aos usuários se acostumarem a roteiros com várias paradas e uma velocidade baixa, mas a precisão de horários e a organização do grande terminal no Centro de Imprensa precisam ser valorizados. As informações dos responsáveis são precisas e a qualidade dos veículos é excelente, a começar pelo imprescindível ar-condicionado.
Coordenador campeão
Se há alguém satisfeito com a preparação da Seleção Brasileira e, consequentemente, otimista para a Copa, é o coordenador Juninho Paulista. Colocado na função após o mundial de 2018 com a saída de Edu Gaspar, ele não se furta em compartilhar seu sentimento ao lembrar que tudo deu certo na preparação, seja na área logística ou na condição física dos convocados, além de um ambiente extremamente positivo no relacionamento interno. Juninho teve como jogador a experiência vitoriosa da do ambiente da “família Scolari” em 2002. Além dele, só o ex-goleiro e hoje praparador Taffarel foi campeão mundial, no caso em 1994.