Com apenas três jogos disputados, o técnico do Grêmio, Tiago Nunes, tem 100% de aproveitamento — mesmo que nenhuma das partidas tenha representado algo de espetacular ou revolucionário em relação ao que vinha sendo visto com Renato Portaluppi.
Há, porém, três vitórias, sendo uma delas na Argentina sobre o Lanús e outra fora de casa, numa semifinal de Gauchão, contra o Caxias. Estes resultados avalizam as primeiras opções de Tiago Nunes e dão respaldo para novas escolhas, ainda que não sejam as preferidas da torcida.
Contra os venezuelanos do Aragua, se fala em Diego Churín na vaga de Diego Souza, num retorno de Diogo Barbosa e até na presença de Maicon no meio-campo titular. Estas simples cogitações são suficientes para gerar reivindicações pelo uso de garotos, como o atacante Ricardinho, o volante Fernando Henrique ou o lateral Guilherme Guedes. Isto não chega a ser um pecado mortal. Em algum momento, os jovens repassaram uma impressão boa — os dois primeiros, mais recentemente, e Guedes ainda no ano passado.
Está clara a opção de Tiago Nunes, se ele efetivar a escalação dos três jogadores mais experientes nesta quinta-feira (6). O técnico aposta em quem é mais pronto e que precisa dar a ideia exata de até onde se pode contar com eles antes de lançar mão de jovens promissores, mas frágeis diante de desafios maiores.
Até atingir uma estabilidade de desempenho através de resultados, vale a pena usar os que Renato chamava de mais cascudos. É bom lembrar que no time principal já andam jogando jovens como Ruan e Léo Pereira, e Vanderson já se sabe que entrará muitas vezes.
Cobrar uma juvenilização imediata da equipe é precipitado. Há garotos de grande futuro pedindo passagem no Grêmio, e é bem provável que venham a tirar gente grande da equipe. Tiago Nunes já mostrou, especialmente no Athletico-PR, que tem capacidade de colocar os jovens na hora certa. Por enquanto, lhe é permitido e deve ser cobrado que estabeleça a validade dos experientes e isto só se dá com eles atuando.