Renato Portaluppi foi sincero na sua entrevista coletiva após a vitória do Grêmio sobre o Cuiabá ao dizer que o que está valendo é o resultado para sua equipe nos últimos tempos. A boa atuação do time mesclado contra o Fluminense não se repetiu com uma formação um tanto mais titular no jogo no Mato Grosso. Há, porém, a incontestável série de seis vitórias e um encaminhamento de vaga nas semifinais da Copa do Brasil. Na Arena Pantanal ficou claro que pesaram a tradição e a camisa gremista mais do que o futebol jogado, num confronto em que o empate seria justo.
Como o Grêmio não perderá seu peso histórico, manterá seus jogadores mais valorizados do que os do rival, jogará pelo empate e o fará na sua casa, apostar na classificação tricolor na próxima semana é uma obviedade. Para que isto se consume; contudo, é bom também que algumas coisas melhorem na equipe tricolor. O lado esquerdo da defesa, especialmente por Bruno Cortez, foi amplamente dominado pelo Cuiabá. A vantagem dos mato-grossenses na bola aérea lhes rendeu um gol e outras jogadas perigosas. Quanto ao ritmo de jogo no meio-campo, vamos deixar de barato que os 32 graus de Cuiabá podem ter determinado a lentidão e que isto não será repetido com uma temperatura mais amena em Porto Alegre.
Do jogo dessa quarta-feira (11) ficam certezas como a importância de Jean Pyerre e a torcida para que ele recupere o ritmo ideal o mais rápido possível, e a dependência ofensiva de Pepê, pelo qual passaram as duas jogadas dos gols, seja armando o primeiro ou sofrendo o pênalti no segundo. Na lateral-esquerda já está passando da hora de Diogo Barbosa ser titular independentemente de quem atuar pela esquerda. Se é certo saudar os resultados obtidos nas últimas partidas e até se empolgar com as situações de afirmação nas três competições, há que se ter alguns cuidados para que jogos como o do Mato Grosso não sejam tão sofridos.