
Terminado o Gre-Nal com empate em 1 a 1 na Arena, no último sábado (3), uma cena chamou a atenção: os dois treinadores se dirigiram ao mesmo tempo ao centro do gramado e foram ao encontro da equipe de arbitragem.
O que normalmente acontece nestas situações é um cumprimento protocolar ou até um protesto. Na maioria das vezes, os treinadores fazem de maneira isolada, e é algo que dura poucos segundos. O teor das rápidas conversas, quando contêm protestos, é perceptível em gestos e expressões mais intensos. Nada disto aconteceu na Arena.
A conversa entre Renato Portaluppi, Eduardo Coudet e Raphael Claus durou mais de dois minutos sem nenhuma exaltação. Eles falaram entre si num papo extremamente informal. Não poderia ser diferente, uma vez que os técnicos cumprimentaram o árbitro pela atuação e valorizaram o fato de, mesmo com duas expulsões, o jogo não ter tido tumulto entre os atletas.
Coudet nem tocou no tema relativo a uma possível falta na origem do gol do Grêmio, e Renato chamou a atenção de que não gostou só da atuação do juiz do clássico, como está achando um nível muito bom das arbitragens no Brasileirão.
Claus, por sua vez, também fez seu elogio à conduta de todos, admitindo ter sido tranquilo o seu trabalho. Entre sorrisos e apertos de mão, o encontro terminou com os participantes indo para o vestiário.
Nas entrevistas coletivas após o Gre-Nal, o técnico gremista ratificou as palavras ditas ao árbitro no campo. Renato fez questão de elogiar a arbitragem de Raphael Claus e dos demais juízes do Brasileirão.
No Inter, enquanto Eduardo Coudet não fez comentários sobre a arbitragem, o diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano criticou muito aquilo que, segundo ele, foi uma atuação distante dos lances e a demora para dar o segundo cartão amarelo para Bruno Cortez. Caetano disse que, apesar disso, considera Claus o melhor árbitro brasileiro.