Desde o minuto seguinte à derrota para o Boa de Varginha, começou no Inter a procura dos melhores diagnósticos para o desastre de sábado. Nesta segunda-feira, saíram os dois principais diagnósticos: o Inter não sabe enfrentar adversários fechados e o time joga menos do que pode por causas emocionais. Pensemos em cada um dos diagnósticos:
Tática - Concluiu-se, no Beira-Rio, que o time colorado não consegue realizar suas tarefas táticas. Não poderia haver equívoco maior. A verdade é esta: o Inter não consegue superar adversários fechados porque não tem profissionais qualificados e velozes o suficiente para atacar pelos flancos.
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Os laterais do Inter são absurdamente ineficazes no seu trabalho de apoio e, quando D'Alessandro cai para o lado, o centro fica totalmente desassistido. Azar dos atacantes. Faltam, portanto, laterais velozes e apoiadores. Fabinho e Carlinhos, por favor, são quase nada.
Emocional - Chegou-se à conclusão no Beira-Rio que os jogadores andam tão inseguros que não se atrevem a fazer um passe vertical com medo de errar. Tampouco se arriscam a driblar, temerosos de perder a bola e gerar um contragolpe adversário. Ora, quem joga no Inter é profissional. Não se admite comportamento quase infantil.
Quem ganha os salários que o Inter paga e desfruta as mordomias oferecidas pelo clube, não podem entrar em campo com medinho de cumprir suas tarefas. Sinceramente, os diagnósticos do Inter são quase pueris. Está na hora de o Inter tratar os seus jogadores como homens e não mais como garotinhos assustados.
Treinos abertos
Decisão acertada do Inter. Doravante, os treinamentos serão abertos. Acaba, com esta decisão, a prática de justificar maus desempenhos garantindo que o time não repete nos jogos o que prepara nos treinamentos. Também será possível observar quem mostra produção nos treinos e não recebe o prêmio da titularidade.
Psicóloga
O Inter vai colocar uma psicóloga à disposição do vestiário. Mal não faz, obviamente, mas os resultados de uma terapia psicológica costumam demorar.
*ZHESPORTES