O Inter não precisa lembrar que conseguiu somar um bom número de situações de gol contra o Criciúma. Foi o que aconteceu. Só não existe explicação razoável para o desperdício de tantas oportunidades.
Brenner, por exemplo, errou em bola diante do gol e sem marcação. Como esta, outras situações semelhantes conspiraram contra o desejo colorado de conquistar a vitória diante da sua torcida.
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Mas segue sem resposta a pergunta que se impõe: como pode um time do tamanho do Inter fracassar tanto diante do gol adversário? O elenco do Inter é composto por jogadores razoáveis e bons. Qualificado o suficiente para não falhar com tanta freqüência. A explicação só pode vir do vago terreno da subjetividade.
O Inter erra porque a bola morde. Ou queima, como preferirem. E morde por que a serenidade se perdeu em 2016 e ainda não foi reencontrada. E com os nervos mordiscando os músculos, as finalizações saem distorcidas.
O Inter vai recuperar a sua capacidade de não tremer diante do momento de decidir quando obtiver um bom número de vitórias e readquirir a confiança indispensável aos vitoriosos. Pode demorar, mas virá.
Leves e lentos
Já foi descoberto que a retranca é merca registrada da Série B. Não tem solução. O Inter terá que encontrar uma fórmula para romper os sistemas fechados dos seus adversários.
Não existe receita milagrosa mas, sim, a necessidade de preencher alguns requisitos. Dois para ser mais preciso: velocidade e força física. Tudo o que o Inter não tem. Todos os seus jogadores de meio-campo são lentos, condutores de bola.
Quando o time consegue chegar até a intermediária do rival, o adversário inteiro se encolheu e não existe passagem para chegar ao gol. Tendo que enfrentar a barragem humana que se coloca à frente, faltam ao Inter jogadores altos e fortes capazes de superar os defensores adversários no confronto físico.
O Inter, portanto, é leve e lento, tudo o que as retrancas rivais querem.