Mais de uma semana de trabalho e o resultado foi o mesmo. Assim como no duelo contra o Juventude, após ter tempo para trabalhar, o Inter foi um time sem soluções para as dificuldades criadas pelo Belgrano, especialmente no segundo tempo.
Em alguns momentos, na parte inicial, o Inter teve 70% de posse de bola. Mas não foi criativo e efetivo. Os mesmo problemas do jogo contra o Juventude reapareceram quando os argentinos avançaram a marcação. Mauricio e Alan Patrick tiveram mais uma noite de pouco futebol. Mas o pior foi Wanderson, que além de não tomar a iniciativa de partir para o mano a mano, errou todas as tomadas de decisão.
Borré, isolado, teve duas chances claras para marcar, mas está absolvido pela falta de ritmo de jogo. No entanto, fica o alerta: está isolado lá na frente, sem um parceiro de área. Assim, terá dificuldade para apresentar seu melhor futebol. A boa notícia foi Gustavo Prado, que entrou no lugar de Mauricio e fez muito mais em pouco tempo.
O resultado não foi ruim, em que pese a qualidade inferior do adversário. Trazer um ponto da Argentina, para efeitos de tabela, não pode ser desconsiderado. O Inter tem a obrigação de passar em primeiro no grupo.
A minha preocupação é com o que virá pela frente. A régua estava lá no alto. Criamos uma expectativa de grandes títulos e que o vimos até aqui, nas competições menores (Gauchão e Sul-americana) é preocupante.
Coudet precisa mudar. Nenhuma convicção de treinador pode se sobrepor ao que o campo mostra. Mudanças precisam acontecer na próxima semana. Contra o Real Tomayapo, o time deverá ser misto. Nosso foco agora é o Brasileirão. Diante do Bahia, o time tem que começar por Valencia, Borré e Alan Patrick. Tempo para trabalhar essa ideia, o técnico terá.