O Inter fez o que tinha que ser feito. Contra o 14º colocado do campeonato equatoriano, vencer era uma obrigação. Jogar bem não seria uma obrigação para o momento. É uma exigência que alguns torcedores fazem, claro. Porém, diante das circunstâncias — viagens longas, sequência de jogos e gramado ruim — ficou difícil mostrar um bom futebol.
Entendo que Coudet fez a escolha certa, escalou o que tinha de melhor para o jogo. Precisou fazer uma modificação que impossibilitou o time de ter o mesmo rendimento dos últimos jogos. O esquema com dois pontas, com Wanderson e Wesley, não pode se repetir. Wesley, dessa vez, jogou pelo meio, como uma espécie de segundo atacante, perto de Borré, foi ali que o Inter conseguiu abrir o placar. Wesley, aliás, vem provando que precisa ser titular deste time.
O gol de Borré, mesmo que tenha sido de pênalti, foi de suma importância. Ele mostrou personalidade ao pegar a bola e bater no alto, tirando um peso enorme das costas. Agora, é voltar para Porto Alegre e marcar diante de sua torcida.
O gol dos equatorianos assustou, mas o adversário, sem muita qualidade, não ofereceu grandes risco ao Inter. Coudet parece ter aprendido com os erros do ano passado, quando não soube "fechar a casinha" quando necessário. Diante do Delfín, o treinador colorado foi humilde e fez isso com qualidade. As medidas adotas por ele deram certo.
O resultado era o mais importante. O Inter tem total condições de vencer os próximos jogos da competição. A Copa Sul-Americana está sob controle.