“A sede de liberdade Rebenta a soga do potro
Que parte em busca do pago
E num galope dispara
Rasgando a coxilha ao meio
Mordendo vento na cara.”
Lembrei dessa música de temática bem campeira, de autoria de Paulo Portela Fagundes, para falar de um grupo de expressão tanto regional quanto, mas de abordagem mais urbana. É fato que a liberdade é premissa da existência do gaúcho desde os primórdios, afinal as primeiras utilizações do gentílico denominavam os homens que habitavam o pampa gaúcho, cavaleiros de vida nômade. É até curioso pensar nessa origem e perceber o tanto de limites impostos à cultura gaúcha atualmente, mas isso é assunto para outra coluna.
O fato é que neste domingo estamos no Galpão Crioulo com o Canto Livre, grupo vocal fundamental na formação musical nativa nos anos 1980 e que agora, mais de 25 anos depois do início dessa história, retoma sua trajetória renovado com novos integrantes e mantendo o primor musical característico. O Canto Livre, batizado assim por uma música que defenderam na Vindima da Canção, festival de Flores da Cunha, traz no som a verdade do nome. Canta livremente as influências gaúchas e brasileiras em canções de arranjos vocais particulares e muito regionais, sim senhor!
Lembra da versão de Baile de Candeeiro que foi abertura do Galpão Crioulo? Eles deram vida e acordaram os gaúchos por muito tempo nas manhãs da RBS TV. Nesse fevereiro estarão com duas apresentações no Porto Verão Alegre, dias 8 e 15 de fevereiro com o espetáculo Vida e durante 2019 seguem com o projeto Quinta Vocal no Sargent Peppers, nas primeiras quintas-feiras de cada mês.