O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Nos primeiros três dias de mandato, os 35 vereadores de Porto Alegre solicitaram a criação de 107 frentes parlamentares na Câmara Municipal. A líder parcial do ranking é a estreante Juliana de Souza (PT), com 21 requerimentos.
Criados para tratar de assuntos específicos, esses colegiados têm função representativa e raramente produzem resultados concretos.
As frentes versam sobre diferentes temas, sendo que alguns passam ao largo das competências da Câmara.
Veja alguns temas que motivaram os requerimentos:
- Defesa dos Animais
- Mercado Imobiliário
- Uso da cannabis terapêutica
- Reforma tributária
- Fim da escala 6x1
- Recuperação econômica de áreas atingidas pela enchente
- Defesa do Ginásio Tesourinha
- Relação Brasil-China
- Relação Brasil-Israel
- Defesa das pessoas desaparecidas
Olho na cadeira
Único vereador do PDT em Porto Alegre, Márcio Bins Ely está disposto a assumir a presidência do diretório metropolitano do partido. Hoje o cargo é do advogado José Vecchio Filho.
O vereador garante que, se houver eleição, ele vence.
Embora oficialmente independente, na prática Bins Ely faz parte da base do governo Sebastião Melo — para o desgosto de parte dos correligionários.
Na semana passada, o PDT emitiu nota de repúdio ao discurso de posse de Melo, no qual o prefeito defendeu o direito de que parlamentares possam defender a ditadura sem receber punições por isso.
Na equipe
O engenheiro Maurício Loss, que deixou o comando do Dmae, deve ficar em um cargo de segundo escalão na prefeitura de Porto Alegre. Loss é ligado ao Podemos.
Patinho feio
Há uma razão para Sebastião Melo ter começado o governo sem escolher o diretor do Departamento Municipal de Limpeza Urbana: a baixa qualidade dos indicados pelos partidos aliados.
O órgão é considerado um dos mais complexos da prefeitura, por ter a estrutura defasada e estar sujeito a lobbies internos e externos.