Depois do discurso eleitoreiro do presidente Jair Bolsonaro na ONU, pode-se reforçar a certeza de que ele não prega prego sem estopa. A estratégia perceptível em Londres, quando chamou mais atenção pelo discurso feito na sacada da residência do embaixador do que a presença no funeral da Rainha Elizabeth II, foi repetida em Nova York. Bolsonaro não fez um discurso para os chefes de Estado e diplomatas reunidos para a abertura da Assembleia Geral. Usou a ONU como palanque, porque sabia que a mídia brasileira daria ampla divulgação a cada uma das suas palavras, gestos e encontros com apoiadores.
Eleições 2022
Análise
Na ONU, Bolsonaro fala para convertidos, de olho na mídia brasileira
Mesmo que o TSE proíba o uso do discurso de campanha na propaganda eleitoral, repercussão já está garantida
Rosane de Oliveira
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