
São ousadas as metas do governo do Estado da Agenda da Educação no RS (2025-2035): colocar o Estado entre os três melhores do país em todos os segmentos avaliados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e chegar a mais de 90% dos jovens com oportunidades de educação e trabalho.
O pacote, apresentado nesta terça-feira (18) à imprensa, reúne um conjunto de estratégias bem planejadas que indicam o que será essencial para o alcance das metas.
Para não fazer terra arrasada, o diagnóstico traz alguns pontos positivos: a taxa de escolaridade média da população gaúcha está acima da nacional e o percentual de matrículas do Ensino profissional e técnico é elevado.
Mas os problemas são muito maiores: acesso a creches é muito desigual, o Ideb abaixo da média nacional e evasão do Ensino Médio, para ficarmos em alguns dos mais graves.
Há uma série de iniciativas anunciadas na Agenda 2025-2035, entre elas muitas inclusive que já estão em curso, o que deixa no ar um sentimento de que falta um programa novo. Todos estão sendo implementados, inclusive alguns desde o primeiro ano do primeiro mandato do governador Eduardo Leite e do vice Gabriel Souza.
Ao conversar com a imprensa, a secretária da Educação, Raquel Teixeira, destacou que todos os coordenadores regionais fecharam com ela o compromisso de melhorar os índices - e serão cobrados por tal. Também garantiu que diretores de escola sabem exatamente o que precisam cumprir para que os números sejam melhores.
O principal desafio é que o robusto conjunto de iniciativas está sendo empacotado a apenas um ano e 10 meses do fim do segundo mandato de Leite. Uma pena, poderia ter sido feito antes.
Além disso, seria desejável que houvesse alguma perenidade. Mas, como políticas educacionais normalmente são vistas como de governo e não de Estado, há risco de ser engavetado à frente, a depender de quem ganhar as eleições de 2026.