O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
O ex-candidato à prefeitura de Porto Alegre pelo PROS Rodrigo Maroni foi condenado por calúnia, difamação e injúria contra a também então candidata pelo PCdoB, Manuela D'Avila, durante falas proferidas em um debate na eleição de 2020.
Maroni foi condenado a um ano, dois meses e 10 dias de detenção em regime aberto, com a possibilidade de substituição por prestação de serviços à comunidade. A decisão é da juíza eleitoral da 2ª Zona Eleitoral de Porto Alegre, Viviane Souto Sant'Anna e o processo cabe recurso.
Na ocasião, em 1º de outubro de 2020, durante debate da BAND TV, Maroni afirmou que a candidata tinha uma "milícia" pessoal na cidade. A fala foi utilizada pela defesa de Manuela na ação por calúnia.
O argumento usado pela defesa de Manuela para o caso de difamação faz relação com ofensas pessoais com cunho eleitoral proferidas pelo réu, afirmando que a então candidata havia traído diversas pessoas, inclusive a ele.
A acusação de injúria aponta para um comentário de Maroni em que a chama, nos relatos dos advogados, de antifeminista e homofóbica.
A coluna procurou Maroni, que, após tomar conhecimento da decisão, afirmou que irá recorrer da decisão.
— Estou muito tranquilo. Me considero inocente e a população sabe que eu nunca menti nas minhas falas — afirmou à coluna. — E se formos comparar com as brigas entre Pablo Marçal e Ricardo Nunes nas eleições de São Paulo, por exemplo, fui bem brando nas minhas falas.